quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

      O TOQUE

O toque delineava
A silhueta do corpo
Salientava na pele
O calor que aquecia

Queria! Ser devorada!
Por carícias incontidas
Porque não se deleitava
Com premissas  repetidas

Ansias desconhecidas
Que suas mãos revelava
Se entregava ao prazer
Que sua boca guardava
Sabia que era seu
O nectár que emanava.

A umidade dos lábios
A percorer  com avidez
O corpo estremece as vibras
Num musical  sordidez

Erupção momentânea
Explode em pleno compasso
Seguindo centelhas  acesas
A crepitar no regaço

Corpo em plena vicissitude
Variação feito vulcão
Que assola a liberdade
E morrer em profusão
Marilene Azevedo
Direitos preservados pela lei 9610/1                                         

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