O TOQUE
O toque delineava
A silhueta do corpo
Salientava na pele
O calor que aquecia
Queria! Ser devorada!
Por carícias incontidas
Porque não se deleitava
Com premissas
repetidas
Ansias desconhecidas
Que suas mãos revelava
Se entregava ao prazer
Que sua boca guardava
Sabia que era seu
O nectár que emanava.
A umidade dos lábios
A percorer com avidez
O corpo estremece as vibras
Num musical sordidez
Erupção momentânea
Explode em pleno compasso
Seguindo centelhas
acesas
A crepitar no regaço
Corpo em plena vicissitude
Variação feito vulcão
Que assola a liberdade
E morrer em profusão
Marilene Azevedo
Direitos preservados pela lei 9610/1
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