EPIDERME!
A epiderme revela
O calor que a carne tem
A presença lhe denota
Se frio ou calor contém
O acelerar ofegante
Ao ver-te no imaginário
Gotas de suor lhe brota
Na tez feito um orvalho
Dizendo vim matar a sede
Onde me agasalho.
Sinuosa escorre solta
Num delirio insinuante
O rubor lhe sobe as faces
Sussurros alucinantes
Brincando segue seu curso
Harmoniosamente desliza
Sabe irá jorrar
Na boca que ela precisa.
Estremece o corpo
inteiro
Epiderme molhado
Agora descansa leve
Imaginário desejado
Marilene Azevedo
BAGÉ RS